quinta-feira, 15 de julho de 2010

Eram 18 horas. O sino da Igreja central da grande cidade se comunicava. Muitas pessoas andam de um lado para o outro. Outras ficam paradas, na esperança de chegar em casa depois de algumas horas. Um senhor de uma pouco mais de cinqüenta anos carrega um saco de plástico. Está sujo. Seu cheiro é forte. Todos olham para ele.

MOÇO
Estou com fome.

Todos se viram

MOÇO
Estou com muita fome. Não comi nada.

Ninguém dá atenção

MOÇO
Moça, com 4 ou 5 contos eu compro um prato de comida, ali. Moça. Estou com fome.

As pessoas pedem acenam e entram no ônibus.

MOÇO
Estou com fome... Com fome... Com fome... Me ajudem Pelo amor de Deus...

O Sino da Igreja para.

Chuva



Um banho de chuva lavou minha alma repleta de saudade...

Despedida



Ele nem disse Adeus...