Noite. Depois de um dia cansativo de trabalho e estudo todos se encontram naquele lugar. Nada confortável. Olham ansiosamente os relógios, minuto a minuto. A espera aumenta o cansaço. As pernas já não estão tão corajosas como se diziam no amanhecer. Todos se olham. Pensam a mesma coisa. Uma grande espera os consome. De longe, aparece que vem o resultado da tão longa espera. As pessoas ficam agitadas. As poucas sentadas ficam em pé. Lá vem ele. Porém, um sinal adia sua chegada por mais uns instantes. Tempo suficiente para um bocejo, uma arrumada no cabelo, ou até um palavrão das pessoas mais impacientes. O sinal abre. Todos esperavam por ele. E lutam para conseguir ser o primeiro a ter o gosto da vitória: subir e pegar um lugar na janela.
Depois de alguns minutos, o esperado vai embora levando consigo todos (ou quase) que lhe estavam esperando.
Esse é um local que coloco minhas fotos, poesias, diálogos e monólogos espontâneos coletados na rua e filtrados pelo pensamentos.
domingo, 30 de agosto de 2009
BILHETE DE UM SOLITÁRIO
Através de minha janela, vejo o mundo que segue lá fora. Mundo este que vivo e que vivi. Dela observo. Vejo os amores, as casas. Cada pessoal impressionante. Cada cheiro, cada gosto, cada sensação. Tudo tão sublime que me enche de felicidade, mesmo que momentâneas. A minha felicidade está no ato de observar. E de esperar, ansiosamente, as horas se passarem pela minha janela
DESCONFIANÇA
ELE
Venha!
ELA
Não quero...
ELE
Venha logo!
ELA
Não...
ELE
Já disse, venha!
ELA
...
ELE
Vem...não vai me responder nada?
ELA
...
ELE
Pelo menos, me fale alguma coisa!
ELA
Não adianta.
ELE
Por que?
ELA
Você não me escutaria.
Venha!
ELA
Não quero...
ELE
Venha logo!
ELA
Não...
ELE
Já disse, venha!
ELA
...
ELE
Vem...não vai me responder nada?
ELA
...
ELE
Pelo menos, me fale alguma coisa!
ELA
Não adianta.
ELE
Por que?
ELA
Você não me escutaria.
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